quarta-feira, 16 de abril de 2008

Meu diário virou de ponta cabeça com a exclusão da mídia.

Querido Diário, caminhando pelo verde das gramas de um lugar distante da cidade, árvores cercavam semelhantes a grades de proteção, o cantar dos pássaros, cigarras, jardins floridos; passaram a mostrar a ótima sensação de viver ao ar livre. Ao longo do caminho lembranças de espírito religiosos fez me ficar intrigada com certos flash que insistiam invadir meus pensamentos, milhões de anos atrás, tempos das cavernas[1], os animais livres, natureza, famílias unidas, encenações para divulgar seus atos e os acontecimento. Diante de muita pressão dos neurônios deitei sobre as raízes de uma árvore; e o mundo passou diante dos meu olhos, as invenções feitas pelo homem às modernizações, surgiam como águas correntes e turbulentas; por um momento tudo ficou obscuro[2] e então em minha volta tudo mudou; nada mais existia, o tempo parou em alguns segundos, pensei que tivesse havido uma explosão, alguém tivesse desligado o mundo, ou melhor, alguma substancia corrosiva que infectou rapidamente o mundo informativo, está é a verdade. Assim levantei e dirigi-me ao carro em direção a cidade, para constatar de perto o que havia acontecendo; as pessoas eram as mesmas, as casas pouco diferentes[3], poucas luzes ligadas e nos outdoor; a aproximando de um grupo de pessoas percebi que suas palavras e conversar não eram as mesmas de alguns minutos atrás (referiam-se apenas a seus afazeres da casa, como estava seu trabalho no campo, seus filhos, reuniões todas as noites com a família) assim comecei a perceber que não havia ali nada mais sobre informações, nada que levassem a eles as noticias do mundo( bolsa de valores, secas em regiões, dengue em proliferação em tal local, entretenimento) cruel realidade, o mundo digital havia sido excluído do pensamento criativo das pessoas; “confesso entrei em crise”, porém continuei o caminho.
Ligando as informações que eu tinha e com as que pude observar nesta minha suposta nova vida, tive certas sensações não de volta as cavernas, mas algo diferente de não haver Internet para relações com todo o mundo, triste realidade de que a televisão havia virado algo em que todos simplesmente sabiam que tinha gente falando e imagem, mas que o que passava ali era apenas suas próprias vidas, as pessoas caminhando nas ruas; nada de mídia na TV e no mundo; o rádio passou a ser apenas um dispositivo eletrônico sem programação alguma, jornais impresso ah esse nem se fala já era, papel escrito apenas na escola pelas crianças. A realidade era que muito pouco teria que se preocupar com as coisas do mundo, também nada de diferente se faria porque não havia noticias e
informações[4] de novos modos de comportamento.
Ao fim de tudo cheguei apenas a uma conclusão teria de se adaptar, sem morrer de agonia, extremo
sacrifício[5], mas confesso em muitas momentos é preferível morrer do que viver nesta situação de desatualizada e um ser sem cultura midiática.
Conclusões finais desta caminhada:
O mundo de hoje morreria sem as tecnologias avançadas dos homens, tudo foi criado para fazer algum sentido; a educação cultural foi adaptada as estes meios; a mídia faz parte do saber viver, saber criar e do conhecimento intelectual. A televisão é um membro familiar de entretenimento, cultura, noticia e vida; rádio já esteve presente com novelas radiofônicas, notícias e entretenimento; jornal impresso divulgador de muitas informações locais, regionais, nacionais e internacionais, escritos e entregues as casas; a Internet tem o poder maior de unir toda a mídia, notícia, televisão, entretenimento, etc; é difícil prever e é uma hegemonia acreditar que o ser humano se reeducaria tão rapidamente, talvez alguns pirariam, enlouqueceriam.
Pois bem, meu diário virou de ponta cabeças com estas informações todas, nova maneira de viver, juntamente com a exclusão da tecnologia, eu não sei nem como e o que escrever sem me perguntar, e ficar louca com esta situação, tudo de ponta cabeça.

[1] Tempo em que modo de sobrevivência correspondia a caça, pesca, encenações de seus atos, desenhos rupestres.

[2] Sensação de como se estivesse em um lugar sem luz, que nada tivesse sentido, nada se enxergasse para obter novos conhecimentos.

[3] Não eram arquitetadas, atualizadas como os tempos de hoje, repletas de influencias mostradas pelos meio de comunicação, marketing e venda de produtos.
[4] Informações são dados que representam um acréscimo ao conhecimento de outras pessoas que o recebem.

[5] Algo que você não quer e não tem vontade alguma de fazer, mas por livre espontânea obrigação faz.

Um comentário:

david santos disse...

Olá, Franciele!
Grande trabalho. Adorei.
Parabéns.